Só preciso aguentar firme. Eu repito isso (sempre!) para me manter forte – porque a vida não anda fácil, e tudo parece desmoronar na minha cabeça, todos os dias. Só preciso aguentar firme porque não dá pra acreditar que tudo isso, facilmente, vai passar, sabe? Não dá.
As pessoas chegam, prometem ficar e depois de um tempo, me abandonam. Vão embora sem pensar que podem estar carregando consigo, nas ondas que levam-nas para longe, um pedaço de mim. Um pedaço de mim que faz falta. Um pedaço importante. Um pedaço que dificilmente se regenera, sabe? Marca, vai embora e deixa um vazio. E quem vem na maré, chega em um momento errado. Aquele momento em que a gente já desacreditou de tudo e não consegue mais confiar e nem acreditar que dessa vez vai valer a pena. Vira uma confusão. Um redemoinho de sentimentos jogados fora, lágrimas derramadas e lembranças que agora serão apenas lembranças - sem haver possibilidade de criar novas (com aqueles que foram levados pelas ondas).
E dói.
Dói por medo de que eu acabe me afogando nesse vai e vem das ondas. Medo de que eu me perca e seja puxada para dentro do meu próprio redemoinho de emoções – de onde, com certeza, não conseguiria sair depois. Medo de que, mesmo lutando tanto e tentando ser forte o tempo todo, não consiga chegar à superfície e sair do mar que é o meu coração. Sair da minha própria confusão. Sair da maré ruim – e se desligar (pelo menos um pouco) de quem se desligou de mim.
Eu vou agradecer (um dia) por essa maré ruim ser momentânea. Mas mesmo sendo dolorosa, me fará crescer. É apenas uma onda. Uma onda que assusta, mas que eu consigo ultrapassar – basta fechar os olhos e acreditar. E eu sei que quando ela vem, leva algo ruim e deixa algo melhor. Ensina na marra, doendo como for, levando quem for, deixando o que for. Eu só preciso me conformar que ela sabe o que faz. Eu só preciso aguentar firme e aguardar, com paciência, até que ela vá embora. É só uma maré ruim, com o tempo, ela melhora.
STEPHANIE ALMEIDA ( BLOG | FACEBOOK | INSTAGRAM | TWITTER )
20 primaveras nem sempre tão floridas assim. Baiana do interior e libriana que nunca é indecisa. Escreve em mais blogs do que consegue contar nos dedos. Viciada em café, John Mayer, super-heróis, séries, livros, dias frios e chuvosos, pipoca, jujuba, chocolate e amores que arrepiem a alma. Passa à maior parte do tempo lendo por amar imaginar um mundo novo e uma nova história à cada livro. E escreve com o coração - que é feito um furacão.
20 primaveras nem sempre tão floridas assim. Baiana do interior e libriana que nunca é indecisa. Escreve em mais blogs do que consegue contar nos dedos. Viciada em café, John Mayer, super-heróis, séries, livros, dias frios e chuvosos, pipoca, jujuba, chocolate e amores que arrepiem a alma. Passa à maior parte do tempo lendo por amar imaginar um mundo novo e uma nova história à cada livro. E escreve com o coração - que é feito um furacão.
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